Feita de reflexões, introspectiva, independente do recipiente.
Aparenta nunca decidir-se, está imersa num mar de paradigmas, é imparcial, ambígua, um pouco do muito, muito do pouco, uma parte do todo ela é!

Até pouco tempo nem sabia que era, quanto mais que estava tão subtilmente posicionada sob o caos, acima do frenesim, em cima de um ser, vivo e consciente. 

A minha coroa é resiliente porque adaptou-se, adapta-se e há de se adaptar à cólera, à queda e à ascensão do ser que a carrega.

É resiliente desde a nascença, feita no calor de quem a forjou e moldada ao frio do exterior, não é de um dourado reluzente, mas é resistente, rebelde sem causa, ainda sem trono apesar de presente.

Resiliente em cada folha da resma do destino, em cada beat, nos flows, nos registros, nas paixões...

A minha coroa nasceu de um desejo planeado mas não previsível, é bifurcada, tanto underground quanto visível!