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COROA DE SOLIDÃO

 

 

 


~ EPHRAIM

 

A minha coroa é o que é, não digo somente dolorosa, ela suporta-se no impensável e define-se pelo inexistente. Porém, ela existe, e eu carrego-a.

Eu sou aquela pessoa de quem ninguém espera algo de novo, a não ser resultados comuns.

Não há inovação, muito menos progresso, e a minha coroa alimenta-se disso, da ausência do invulgar.

A distinção notável.

Alimenta-se da minha dor, é uma maldição. E essa maldição presencia-se na minha personalidade que acaba por tornar-se numa consequência da mesma dor que sinto, eventualmente. 

Quanto ao fundamento, ambos temos um processo recíproco, ela alimenta-se de mim e eu dela.

A dor que emano através das minhas palavras resulta da solidão profunda que sinto, e não me rotulem penosamente porque, sistematicamente, existe uma dor psicológica que vive dentro de todos nós, e a única forma de lidarmos com ela é aprendendo a viver consigo, porque a mesma nunca desaparece.

Quem me dera poder livrar-me desta coroa, o seu peso aumenta, a minha hemorragia agrava-se e diariamente afogo-me cada vez mais, ficando sem esperanças de salvação.

A minha coroa de solidão constitui um dualismo sistemático no desenvolver do meu ser, é a minha melhor amiga porque nasceu comigo e, ao mesmo tempo, a minha pior inimiga, que irá acompanhar-me para o resto da vida.

  Sou natural de Lisboa (Portugal), cidade onde passei 7 anos até que, em 2006, emigrei para Luanda (Angola) e dei continuidade aos estudos no Colégio Patrícia Rossana do Morro Bento.

 

 Não possuo uma carreira profissional, porém, pretendo desenvolver a área do Direito e/ou Ciências Políticas no Ensino Superior, com vista em tornar-me num especialista nas respectivas áreas.

  As minhas obras, por sua vez, nascem dum amor profundo pela escrita. Gosto de escrever frases e textos que partem dum princípio pessoal baseado nos meus sentimentos e os chamados "paradoxos psicológicos" face a dadas situações.

 

 Outros factores pelos quais baseio-me na escrita são os meus pensamentos ou a minha concepção da realidade política, social, religiosa e em outras vertentes, descrevendo-a de variadas maneiras.

David Gomes

EPHRAIM

EPHRAIM 1
EPHRAIM 2
EPHRAIM 3

© 2017 Por Élvio Gomes

 Angola/Portugal                                                                  gm.official02@gmail.com

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