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COROA DE RUÍNAS

 

 

 


~ Queen of Disaster

 

Bem-vindos ao meu reino

EIS O DESASTRE, meu apelo antes conhecido como alheio

As folhas negras que arrepelo

 

Conhecida como um buraco negro, 

Adora o quanto a dor lhe fascina,

Se pudesse encarnava a escuridão,

Tamanho medo lhe alucina

Não teme a morte, de ruínas é feita a minha coroa

Uso-a com orgulho de demonstrar aos meus demónios quem é a principal patroa

Em minhas veias percorre o desconhecido

Algo que vem de mim adormecido

Um mistério arrefecido porém fortemente destemido

 

Ela é a força da desgraça

Tudo que toca, se destrói

Eu destruí o meu próprio coração

Quanto mais propositado mais prazer isso lhe propõe

As vozes chamam-me de ilusionista mas eu desisti de as ouvir

Agora sou a minha própria voz e só penso em aluir

 

O mais importante já se foi, 

arranquem-me o que quiserem 

Suguem a minha alma e morram de tédio,

É o que pagam por tentarem acabar com quem constrói este império 

 

Diziam os anjos que perdi-me na hediondez da maldade 

Esqueceram-se estes que me encontrei na beleza da mesma

Senti-me mais suja do que limpa, Porque de lágrimas minhas caíram diamantes desta coroa de ruínas cujo os espinhos, são os meus grandes amantes

Anna Cristina

  Natural de Angola, criada na Namíbia e residente em Portugal (a 2 anos).

  Vivi em Angola até aos meus 7 anos de idade e mudei-me para a Namíbia, Windhoek, onde residi até aos meus 13. 

 Voltei para Angola para terminar o secundário, mas em 2016 mudei-me para Portugal, onde terminei o curso de Línguas e Humanidades e resido atualmente.

  De momento estou a licenciar-me em direito e futuramente anseio em fazer o mestrado em Inglaterra. 

  Escrever para mim nunca foi uma dificuldade, escrevo desde os meus 13 anos de idade, acho que é fácil escrever para quase todo mundo, difícil é conseguir transmitir ao leitor exatamente aquilo que se sente quando se escreve.

  Dizem que é mais fácil escrever sobre o que sabemos, mas eu escrevo sobre o que não sei, o que não percebo, o que é desconhecido... Funciona com0 escapatória fugir daquilo que tenho noção que existe, e é escrevendo que liberto todos os meus demónios, para que dancem com a minha caneta fazendo o papel de palco. Entrego não só o me coração mas também a minha alma a qualquer texto.

QUEEN OF DISASTER

© 2017 Por Élvio Gomes

 Angola/Portugal                                                                  gm.official02@gmail.com

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